segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os filhos e as dorgas, mano.

Muitos de vocês já devem ter ouvido–ou lido–trágicas histórias de pais que sofrem por causa de filhos que foram devorados pelos mundos das drogas. Que acreditam ter feito tudo certo por seus amados filhos, dado o melhor que puderam, e não entendem por que o filho tá se destruindo daquele jeito e não enxerga isso.
Vêem a vida familiar sendo arruinada, inclusive perdendo seus bens em casa (provavelmente sendo vendidos pelo filho para comprar mais drogas, ou mesmo sendo destruídos em eventos causados por seu novo comportamento). É difícil saber o que fazer, pois você infelizmente não pode abandonar a sua vida pra ficar de olho no filho 100% do tempo e dói demais o coração você saber que aquele caminho que ele tomou só leva pra um lugar. Você sai de casa pra trabalhar todo dia com medo de chegar em casa e encontrar seu filho estirado no chão, vítima daquele vício desgraçado que você tentou, em nome de seu amor, tirar seu tesouro dali...

Não é minha intenção aqui cutucar especificamente ninguém, tampouco menosprezar a dor de ninguém sem querer. Mas eu só queria desabafar, porque é exatamente assim que eu tenho me sentido nos últimos dias, com o eterno (e, justamente, nos últimos dias, aparentemente crescente) vício do Arthas em comer o que não deve. Principalmente na incidência maior dele comendo sacos plásticos (um vício que ele, inclusive, levou o Drizzt junto). Nos últimos tempos, o negócio aumentou de um jeito que eu não sei mais o que fazer. É ao ponto de eu chegar com as compras, virar as costas por menos de um minuto pra guardar parte delas, e já voltar com ele tendo feito um buraco nas sacolas. Sem falar que quando eu tô fora, ou dormindo, ele (acredito) tem virado a casa do avesso: são roupas espalhadas pelo chão (às vezes, com partes roídas), sacos retirados DE DENTRO DO LIXO FECHADO, pedaços plásticos arrancados dos móveis, além dele estar cada vez mais detonando a manta que coloquei pra proteger os edredons na cama (carinhosamente apelidada de "Tiragosto" :P).
Cada vez que vejo um fiapo de plástico na caixa de areia, me dá um alívio, mas eu não consigo deixar de me preocupar com o dia que vou encontrar o gato estirado no chão, sufocado com plástico, ou se remoendo de dor, com alguma coisa atravessada nas entranhas.
Eu tento fazer o máximo pra evitar que esse tipo de coisa aconteça, mas a casa inteira não cabe dentro do armário, o único lugar que ele AINDA não consegue abrir.

Pra complicar, ele parece ser imune a tudo que poderia ter resolvido o problema com gatos normais: fita dupla-face, spray de cheiro, Feliway...e com esse aumento de incidência dos últimos dias, eu realmente tô entrando em desespero, sem saber o que fazer. Afinal, eu não posso deixar de sair pra trabalhar (se Deus quiser, começo quarta), ou dormir, pra ficar o dia inteiro de olho nele. :(

Pior é que, pesquisando na internet, há outras pessoas comentando que sofrem do mesmo caso, mas nunca encontrei alguém que tenha uma solução. E ele já venceu muitas barreiras aqui em casa, até se tornou um gatinho que pede carinho e uma vez até subiu sozinho no colo...mas esse problema, realmente, tá começando a me desanimar muito. :(

3 comentários:

Mariana Maciel disse...

Márcio, uma das coisas q vc podia fazer era usa Eco Bags de tecido. Sei que tem outras coisas, mas pelo menos essa parte vc resolve.
Bjo

Silvia disse...

nossa... Jade e Gudão adoram uma sacola, mas realmente o vício não chegou a este ponto! mas nada verde (planta) pode entrar aqui.
Poxa, Oro... não tenho nenhuma dica... estou com um "pobrema" com o Gudo com essa estória de teimosia também que tá um saco, desanimador: é o xixi fora do lugar... não achei nada que resolva...
Aff! mas filho é assim, né? não entendem que os limites são pro bem deles! :P
Bjo...

Conrado disse...

Pois é, se você começar a usar sacos de tecido, pelo menos vai resolver os problemas intestinais no Arthas... :P

Bem, parece que ele tá merecendo o título de Lich King. :D